“Herança” finaliza incrivelmente “O Ciclo a Herança”. Após os acontecimentos do volume anterior, a marcha para Uru’baen assume papel principal na trama. A dominação das principais cidades do império e a busca por meios de derrotar Galbatorix se tornam o foco de todos os aliados dos Varden. Assim como as resenhas anteriores, vamos por núcleos:

Eragon passa boa parte do livro procurando esses meios de derrotar o Rei e se aperfeiçoando como Cavaleiro de Dragão. Nos volumes anteriores, Solebum, o menino-gato, revelou a Eragon um enigma do qual ele conseguiu decifrar metade para conseguir o material para forjar Brisingr. A outra metade do enigma ainda continua misteriosa e o Cavaleiro não consegue decifrá-la. Aqui somos apresentados a um Eragon mais maduro, e mais melancólico. Vemos o importância do peso que eles carregam e como eles, ao fim de tudo, se tornariam ou apenas mais uma ameaça ao reino ou um empregado. Esse dilema do que fazer no pós-trama é um dos pontos centrais do personagem desse livro.

Roran continua sendo enviado para diversas missões, porém agora com o objetivo de manter sua esposa e sua filha seguras derrotando Galbatorix. Os capítulos dele servem para dar mais ritmo ao livro, e ao meu ver funcionaram extremamente melhor do que em “Brisingr”, e para nos dar uma visão “de baixo” nas grandes batalhas.
Nasuada, assim como os outros personagens, expõe um amadurecimento. Ela parece mais centrada nesse livro e tem um arco importantíssimo, mesmo com menos capítulos próprios ela é um destaque.

Minha opinião:

Nesse livro tudo parece encaixado. É inegável que essa série é um grande experimento de escrita para o autor e a cada volume ele testava uma coisa nova na história, algumas bem sucedidas enquanto outras não acrescentavam em nada na história. Porém ao finalizar a série percebo que essa jornada de experimentações fez com que “Herança” possuísse um ritmo legal de se acompanhar, e uma sequência legal de acontecimentos que deixaram o livro mais dinâmico.
Nesse livro tudo parece encaixado. É inegável que essa série é um grande experimento de escrita para o autor e a cada volume ele testava uma coisa nova na história, algumas bem sucedidas enquanto outras não acrescentavam em nada na história. Porém ao finalizar a série percebo que essa jornada de experimentações fez com que “Herança” possuísse um ritmo legal de se acompanhar, e uma sequência legal de acontecimentos que deixaram o livro mais dinâmico.
Boa parte das pontas soltas e tramas passadas são fechadas e revisitadas em certos momentos, e, no fim, a sensação que passa é de que essa história que nós acompanhamos por mais de 2500 páginas é somente um arco da história desse universo, e que se o autor um dia decidir voltar para esse mundo, ele ainda pode escrever mais umas milhares de páginas sem se tornar repetitivo.
Confesso que fiquei um pouco surpreso com o modo como a batalhada final se sucedeu, esperava uma grande batalha com cenas épicas, mas fiquei satisfeito com o modo como ela ocorreu. Nos volumes anteriores, Eragon estava correndo para se tornar minimamente capaz de lutar contra um personagem descrito como todo poderoso, com conhecimentos vastos no campo da magia e com uma centena de anos nas costas, e no fim vemos que essa balança de poder não fica bem ajustada, o que ao meu ver foi uma coisa boa.
Me perguntaram se eu indico a leitura, e a resposta é sim, porém com ressalvas. Se você é um leitor assíduo de fantasia e já leu muita coisa do gênero, você não vai encontrar grandes surpresas nesses livros, as referências são bem claras e o que diferencia esse universo de tantos outros pode não ser o suficiente para você inicialmente, porém com o decorrer dos livros essa diferenciação fica mais forte e você consegue ver esse mundo como um universo próprio e com um sistema de magia particular.

Resenha dos outros livros do autor:


Resenha de Eragon (1): Clique aqui!
Resenha de Eldest (2): Clique aqui!
Resenha de Brisingr (3): Clique aqui!