Sobre o livro:
O livro começa com um pequeno salto temporal, nele Eragon e Roran estão longe dos domínios dos Varden buscando vingança contra o Ra’zac para libertar Katrina. Depois de ser sobrepujado por Murtagh no livro anterior, Eragon vê a necessidade de voltar a Ellesméra para continuar o seu treinamento e para tentar descobrir a fonte do poder de Galbatorix. Paralelo a isso temos as tramas políticas, os constantes confrontos com as guardas do reino, a sucessão do reino dos anões e os conflitos internos dos Varden. Temos a introdução de mais um elemento mágico e mais um confronto com Murtagh.
Minha opinião:
Da pra perceber que esse livro de 700 páginas tem muito a nos contar, mas a sensação que me passou foi que a quantidade de páginas é infinitamente inflada em relação aos acontecimentos. As primeiras 100 páginas ficam em uma trama secundária e os pontos de vista, que eu tanto elogiei no volume anterior, me pareceram enfadonhos aqui.
Vou falar por núcleos, já que é assim que a história é contada. Primeiro o de Roran, eu senti que o autor simplesmente não sabia mais o que fazer com esse personagem após os acontecimentos iniciais do livro, vemos por seus olhos uma sequência de capítulos bem parecidos sobre pequenas batalhas e uma busca por um posto, que em comparação aos demais narradores, nada acrescenta à trama principal. O segundo é o de Nasuada, esse é o que eu estou mais confuso. Ele levanta vários questionamentos a respeito do poder, como mantê-lo e como ele é perigoso, mas para isso a personagem teve um declínio enorme na minha afeição, tomando atitudes desnecessárias e autoritárias.
O terceiro e o quarto pontos de vista são o de Eragon e Saphira, aqui ela também nos mostra coisas que Eragon não tem como mostrar. Esses foram os pontos de vista mais legais dentro do livro, é perceptível a evolução de Eragon enquanto personagem. Eragon fica encarregado de tentar apressar a coroação de um novo Rei dos anões e só depois disso ficará livre para ir para Ellesméra e Saphira nos mostra o que acontece com os Varden enquanto ele está fora.
Dos três volumes, esse é o que eu mais achei lento e repetitivo. O autor sente a necessidade de mostrar o que cada personagem está fazendo, mesmo que isso só acrescente ao número de páginas e em nada na trama. A magia aqui também me pareceu mais irregular, com picos de uso que nos volumes anteriores eram ditos como perigosos, mas aqui são feitos sem muitos esforços.
A introdução ao ponto de vista de Saphira foi certeira, pois quebra um pouco da monotonia gerada pelos capítulos de Roran e Nasuada. A resolução de alguns conflitos dos volumes anteriores me fez ficar ansioso pelo próximo, e último, volume da saga.
Resenha dos outros livros do autor:
Resenha de Eldest (2): Clique aqui!
Resenha de Herança (4): Clique aqui!
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